Planejamento versus Execução:
uma análise das missões de VC-2 sob o aspecto da fadiga de voo
DOI:
https://doi.org/10.22480/revunifa.2011.23.641Palavras-chave:
Fadiga de voo, Planejamento de missão aérea, Ciclo PDCA, Segurança de vooResumo
O objetivo deste artigo é identificar em que medida as missões de VC-2 tiveram o gerenciamento da fadiga de voo afetado por fatores não previstos no planejamento, no período de setembro de 2009 a julho de 2010. A natureza da pesquisa apresentou características exploratórias, pois tornou mais explícito o problema do gerenciamento da fadiga de voo nas missões de VC-2. A metodologia empregada foi a pesquisa documental, complementada por um levantamento de dados por entrevista. Com o referencial teórico apresentado, foi possível estabelecer uma relação das missões de VC-2 com a teoria da Gestão de Processos, dando ênfase ao Ciclo PDCA. Foi abordado todo o processo de planejamento de uma missão, bem como a legislação que baliza o gerenciamento da fadiga de voo. Das 356 missões realizadas no período, foram extraídos os dados de jornada de voo planejada e executada, tipo de tripulação e fatores não previstos no planejamento. Esses dados foram analisados quanto ao cumprimento do estipulado no planejamento e pôde-se concluir que o gerenciamento da fadiga de voo foi afetado em 31 missões realizadas, ou seja, 9% do total. Além disso, verificou-se que o fator que mais influenciou para que isso ocorresse foi o atraso no embarque dos passageiros e cargas previstos na missão, presente em 9 delas.
Referências
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. NSCA 3-1: conceituação de vocábulos, expressões e siglas de uso no SIPAER. Brasília, DF, 2009.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Resumo dos relatórios finais dos acidentes de 1995 a 1999. Brasília, DF, 2003.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Gabinete do Comandante da Aeronáutica. DGAB 001/GC2/2008: limite de tempo de envolvimento em atividade aérea no Grupo de Transporte Especial – fadiga de voo. Brasília, DF, 2008.
BRASIL. Comando da Aeronáutica. Gabinete do Comandante da Aeronáutica. RICA 21-39: regimento interno do Grupo de Transporte Especial. Brasília, DF, 2007.
CAMPOS, V. F. TQC – Controle da Qualidade Total (no estilo japonês). 8. ed. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda, 2004.
DAVIS, J. R. et al. Fundamentals of Aerospace Medicine. 4. ed. Philadelphia: Wolters Kluwer, 2008.
DEMING, W. E. Qualidade: a revolução da administração. São Paulo: Marques Saraiva, 1990.
HAWKINS, F. H. Human factors in flight. 2. ed. Aldershot: Ashgate, 1987.
KANASHIRO, R. G. Fadiga de voo. In: TEMPORAL, W. (Org.). Medicina Aeroespacial. Rio de Janeiro: Luzes, 2005. p. 335-342.
MARANHÃO, M.; MACIEIRA, M. E. B. O processo nosso de cada dia: modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
NATIONAL TRANSPORTATION SAFETY BOARD. AAR94-04: Aircraft Accident Report. Washington, 1994.
VELASCO DÍAZ, C. et al. Medicina Aeronáutica: actuaciones y limitaciones humanas. Madri: Paraninfo, 1995.
WHITELEY, R.C. A empresa totalmente voltada para o cliente. Rio de Janeiro: Elsevier, 1992.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2011 João Gustavo Lage Germano
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Revista da UNIFA permite que o (s) autor (es) mantenha(m) seus direitos autorais sem restrições. Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional (CC BY-NC 4.0) - Revista da UNIFA é regida pela licença CC-BY-NC