Geoestratégia Aeroespacial: O Shijian-21, Tensões Geopolíticas e a Preconização dos Conflitos Extra Kármán

Resumo

As dinâmicas do espaço político mundial expressam modificações em relação aos núcleos de poder previstos até o início da década de 1990. Desde a conquista da humanidade sobre a terceira dimensão da guerra, o ambiente atmosférico tornou-se também espaço de disputa e militarização, culminando na formatação de um novo território geopolítico. O trabalho a seguir busca apresentar o contexto e as disputas geoestratégicas a partir da atuação do satélite chinês Shijian-21 nas dinâmicas aeroespaciais do espaço exterior. A metodologia utilizada está baseada no método analítico-sintético sobre estudo de caso, e no método de análise dos processos de tomada de decisão de Comportamento Racional e de Ator Racional para as ações de dissuasão e defesa empregados pela China. Como resultado, o potencial aeroespacial multinucleado está associado à utilização da força militar, e está vinculado à configuração organizacional e à simbologia para desencorajamento e habilidade de empregar a força. A aplicação do Shinjian-21 contribui para a redução das vulnerabilidades chinesas em relação ao conjunto aeroespacial ao mesmo tempo em que auxilia na ampliação de tensões geopolíticas na região do Indo-Pacífico formatando áreas de influência em disputa.