O Impacto do CRM na Aviação de Asas Rotativas da FAB

Autores

  • Alexandre Anselmo Lima Força Aérea Brasileira

DOI:

https://doi.org/10.22480/revunifa.2009.21.765

Palavras-chave:

Prevenção de acidentes, Segurança de voo, Gerenciamento, Asas Rotativas

Resumo

Este estudo propôs-se a investigar o impacto do programa de Gerenciamento de Recursos de Tripulação (CRM), como forma de otimização da interface homem-máquina e suas atividades interpessoais no meio aéreo, verificando as conseqüências dessa medida para os esquadrões de helicóptero da Força Aérea Brasileira. Para tanto, investigou-se tal impacto por meio dos Fatores Contribuintes ligados ao desempenho dos tripulantes e presentes nas ocorrências aeronáuticas, em dois períodos distintos na vida da organização: antes e após a implantação do treinamento CRM. Uma pesquisa de campo também foi empregada com o intuito de verificar o atual estágio de implementação do CRM e sua influência nas organizações, segundo a percepção de seus responsáveis. Delimitou-se o arcabouço teórico pela revisão dos conceitos que balizam a interação do homem com o meio aeronáutico e suas consequências para a segurança de tal atividade, e ainda, os modos de aquisição de comportamentos no contexto social, citados por Bandura, Ajzen e Fishbein, como idéia-chave que permeia o treinamento CRM como ferramenta para o incremento operacional. Com os resultados auferidos pelo estudo, não foi possível inferir que a doutrina CRM consolidou-se em um novo “modus operandi” dos esquadrões de helicóptero, o qual resultaria em otimização da sua cultura de segurança de voo.

Referências

AJZEN, I. Nature and operation of attitudes. Annual Review of Psychology, n. 52, p. 27-58, 2001. Disponível em: <http://arjournals.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.psych.52.1.27?prevSearch=ajzen.> Acesso em: 26 jul. 2008.

BANDURA, A. Social cognitive theory. In: VASTA, R. (Ed.). Six Theories of Child Development in Annals of Child Development. v.6, p.1-60. Greenwich: JAI Press, 1989.

BRASIL. COMANDO DA AERONÁUTICA. ICA 3-1: Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da aviação militar brasileira para 2007. Brasília, DF, 2007.

BRASIL. MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA. CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS. NSMA 3-3: Prevenção de acidentes aeronáuticos. Brasília, DF, 1996.

______. MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA. CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS. NSMA 3-1: Conceituação de vocábulos, expressões e siglas de uso no SIPAER. Brasília, DF, 1999.

______. BRASIL. COMANDO DA AERONÁUTICA. CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS. NSCA 3-6: Investigação de Acidente Aeronáutico, Incidente aeronáutico e Ocorrência de Solo. Brasília, DF, 2003.

______. COMANDO DA AERONÁUTICA. CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS. Manual de gerenciamento de recursos de tripulação. Brasília, DF, 2005.

BRASIL. COMANDO DA AERONÁUTICA. COMANDO GERAL DE OPERAÇÕES AÉREAS. DCAR 003: Diretriz do Comando Geral de Operações Aéreas. Brasília, DF, 2004.

CARBONE, P. P. et al. Gestão por competências e gestão do conhecimento. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.

COUTINHO, A. S. S. Treinamento em gerenciamento de equipe com foco no gerenciamento do erro: qualidade e segurança para o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. Monografia (Curso de Comando e Estado-Maior)-Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, Universidade da Força Aérea, Rio de Janeiro, 2006.

DIEHL, A. E. Human performance and system safety considerations in aviation mishap. The International Journal of Aviation Psychology. London: Lawrence Erlbaum associates, v. 1, n. 2, p. 97-106, 1991.

DEKKER, S. The field guide to human error investigations. Aldershot: Ashgate Publishing Limited, 2002.

FISHBEIN, M. Developing effective behavior change interventions: some lessons learned from behavioral research. Reviewing the behavioral science knowledge base on technology transfer. In BACKER, T. E., DAVID, S. L., SAUCY, G. (Ed). Research monograph series. Rockville: National Institute on Drug Abuse, 1995. p. 246-261.

FLIGHT SAFETY Foundation. Operator’s flight safety handbook. Flight Safety Digest, May-June 2002. Disponível em: <http://www.flightsafety.org/members/serveme.cfm?path=fsd/fsd_may-june02.pdf>. Acesso em: 06 mar. 2008.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1991.

HELMREICH, R. L.; MERRITT, A. C. Culture at wok in aviation and medicine. Aldershot: Ashgate Publishing Limited, 1998.

HELMREICH, R. L.; MERRIT, A. C.; WILHELM, J. A. The evolution of Crew Resource Management training in commercial aviation. The International Journal of Aviation Psychology. London: Lawrence Erlbaum associates, v. 9, n. 1, p. 19-32, 1999.

ICAO. Annex 13 to the Convention on International Civil Aviation: aircraft accident and incident investigation. Montreal: 2001.

LEEDY, P. D.; ORMROD, J. E. Practical research: planning and design. 7 ed. Upper Saddle River: Prentice Hall, 2001.

LIMA, A. A. O treinamento LOFT. Dédalo: revista de segurança de vôo do Comando de Aviação do Exército, Taubaté, ano 5, p. 16-17, ago. 2002.

______. Assessing hazard report program of the Brazilian Air Force: a perception report from maritime patrol and rotary wing squadrons. Warrensburg, 2007. 149f. Dissertação (Master Science-Aviation Safety)-University of Central Missouri, Warrensburg, Missouri, Estados Unidos da América, 2007.

MACLEOD, N. Building safe systems in aviation. Aldershot: Ashgate, 2005.

MCGUIRE, W. J. Personality and attitude change: an information-processing theory, 1968. Disponível em: <http://www.ciadvertising.org/studies/course/syllabi_grad/theory_readings/McGuire.pdf>. Acesso em: 29 jun. 2008.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

MARANHÃO, M. ISO série 9000 (versão 2000): manual de implementação. 8. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006.

MARANHÃO, M.; MACIEIRA, M. E. B. O processo nosso de cada dia: uma visão prática sobre modelagem de processos. 8. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

O’CONNOR, P. et al. Developing a method for evaluating crew resource management skills: a European perspective. The International Journal of Aviation Psychology, London: Lawrence Erlbaum associates, v. 12, n. 3, p. 263-265, 2002.

PATT, H. O. L. CRM uma filosofia operacional. In: PEREIRA, M.C. (Org.). Voando com o CRM: da filosofia operacional técnica à filosofia interativa humana. Recife: Comunigraf, 2004. p. 25-34.

PERROW, C. Normal accidents: Living with high-risk technologies. Princeton: Princeton University Press, 1999.

PILETTI, N. Sociologia da educação. São Paulo: Ática, 1999.

REASON, J. Managing the risks of organizational accidents. Aldershot: Ashgate Publishing Limited, 1997.

RODRIGUES, A.; ASSMAR, E. M. L.; JABLONSKI, B. Psicologia social. 18. ed. Petropolis: Vozes, 2000.

SALAS, E. et al. Team training in the skies-Does CRM training work? Human Factors. Human Factors and Ergonomics Society. Orlando, v. 43, n. 4, p. 641-674, 2001.

SILVA, L. M. V. Análise da implantação do gerenciamento de recursos de tripulação nas unidades de asas rotativas da Força Aérea Brasileira. Monografia (Curso de Comando e Estado-Maior)-Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, Universidade da Força Aérea, Rio de Janeiro, 2007.

WELLS, A. T.; RODRIGUES, C. C. Commercial aviation safety. 4. ed. New York: McGraw-Hill Companies, 2003.

WIEGMANN, D. A.; SHAPPELL, S. A. A human error approach to aviation accident analysis. Aldershot: Ashgate Publishing Limited, 2003.

WOOD, R. H. Aviation safety programs: a management handbook. 3rd. Englewood: Jeppesen Sanderson, 2003.

Downloads

Publicado

2009-08-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O Impacto do CRM na Aviação de Asas Rotativas da FAB. Revista da UNIFA, Rio de Janeiro, v. 21, n. 24, 2009. DOI: 10.22480/revunifa.2009.21.765. Disponível em: https://revistadaunifa.fab.mil.br/index.php/reunifa/article/view/765.. Acesso em: 24 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

31-40 de 424

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.