Respostas autonômicas cardiovasculares em pilotos militares:
um indicador de desempenho operacional?
DOI:
https://doi.org/10.22480/rev.unifa.2024.37.628Palavras-chave:
Aviação Militar, Variabilidade da Frequência Cardíaca, PilotosResumo
A aviação tem experimentado significativos avanços tecnológicos que resultaram em substancial aumento de potência e capacidades operacionais das aeronaves. Nesse contexto, as modernas aeronaves de caça, como o mais novo vetor adotado pela Força Aérea Brasileira (FAB), o F-39 Gripen, são capazes de realizar manobras com elevadas cargas acelerativas. Como resultado, os pilotos são expostos aos efeitos do ambiente de hiper gravidade, tendo sua capacidade cardiovascular afetada, chegando à perda de consciência induzida pela Força Gz (G-induced loss of consciousness - G-LOC). Este estudo investigou as respostas autonômicas cardiovasculares, por meio da Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), em pilotos durante voos acrobáticos reais com o objetivo de identificar e avaliar a viabilidade dessas respostas como um indicador de Desempenho Operacional. Foi empregada a aeronave de instrução T-27 Tucano, do Primeiro Esquadrão de Instrução Aérea (1ºEIA), localizada na Academia da Força Aérea (AFA). A amostra consistiu em 29 militares do sexo masculino, todos pertencentes ao Quadro de Tripulantes (QT) do 1º EIA, divididos em três grupos: Aeronavegantes (AERO); Pilotos Instrutores (INSTR); e Pilotos do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA). Foram analisados índices da VFC em blocos específicos, desde o pré-voo até o pós-voo. A análise das respostas de VFC de pilotos em voo possibilitará o desenvolvimento e aprimoramento de treinamentos mais eficazes, permitindo que essas respostas sejam utilizadas como um indicador de Desempenho Operacional pela FAB, servindo de referência para realização de novos estudos e avanços tecnológicos no setor aeroespacial.
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