O Combate Aéreo Moderno e sua Influência na Formação do Controlador de Defesa Aérea

Autores

  • João Spencer Ferreira da Costa Junior 1° Esquadrão do 14° Grupo de Aviação - R. Augusto Severo, 5700, Canoas-RS

DOI:

https://doi.org/10.22480/revunifa.2009.22.830

Palavras-chave:

Capacitação de COAM, Combate ar-ar, BVR, Gestão de competências

Resumo

A entrada em serviço das aeronaves F-5M e F-2000 (Mirage 2000C), junto com a possibilidade de emprego de mísseis ar-ar de médio alcance (também chamados BVR), demandou uma profunda mudança na capacitação operacional dos controladores de defesa aérea (COAM). A partir dessa necessidade operacional, este trabalho tem como objetivos investigar a participação e identificar as competências dele requeridas no desempenho de suas funções num cenário de combate BVR, visando subsidiar com dados a reformulação dos programas de formação e atualização técnica dos COAM. Numa pesquisa de cunho exploratório, foi elaborado um modelo teórico, por meio do mapeamento de um engajamento BVR típico, à luz do modelo IDEF0, e, em seguida, a identificação de competências requeridas, segundo o conceito de Durand. Para a validação desse modelo teórico, foi criado um instrumento de coleta do conhecimento tácito dos pilotos do 1º/14º GAV e do 1º GDA. Das respostas recebidas, foram extraídos os dados, que após serem analisados, por meio de estatística descritiva, geraram as respostas ao problema de pesquisa. Chegou-se à conclusão de que a participação do COAM se faz mais importante nas fases definidas como de detecção, identificação, engajamento BVR (commit) e de reação à ameaça. Para o desempenho de suas funções no controle da arena BVR, foram identificadas 31 competências, divididas em 14 conhecimentos, 10 habilidades e 7 atitudes, hierarquizadas em função de sua relevância ao longo das fases do engajamento.

Referências

ARMÉE DE L’AIR. Manuel d’employment tactique (MET) Mirage 2000. Dijon, 2002.

BRANDÃO, H. P.; GUIMARÃES, T. A. Gestão de competências e gestão de desempenho: tecnologias distintas ou instrumentos de um mesmo construto? Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 1, p.8-15, 2001.

BUSSAB, W. O.; MORETIN, P. A. Estatística básica. São Paulo: Saraiva, 2006.

DURSO, F. T.; GRONLUND, S. D. Situational awareness. In: Durso, F. T. (Ed.). The handbook of applied cognition. Hoboken: Wiley, 1999.

ENDSLEY, M. R. Design and evaluation for situational awareness enhancement. In: HUMAN FACTORS SOCIETY ANNUAL MEETING, 32, 1988, Anaheim. Proceedings .... Santa Monica: Human Factors Society, 1988. p. 97-101.

________. Measurement of situation awareness. Human factors, Santa Monica, n. 37, p.65-84, 1995.

_______ Theoretical underpinnings of situation awareness: a critical review. In: GARLAND, D. J. (Ed.). Situational awareness analysis and measurement. Mahwah: Lawrence Erlbaum Associates, 2000.

GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2008.

GRAMIGNA, M. R. Modelo de gestão de competências e gestão dos talentos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

MARANHÃO, M; MACIEIRA, M. E. B. O processo nosso de cada dia: modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.

MOGEY, N. So you want to use a likert scale? In: HARVEY, J (Ed.). Evaluation Cookbook. Edinburgh: Heriot-Watt University, 1998.

PAIVA, K. C. M. ; MELO, M. C. O. L. Competências, gestão de competências eprofissões: perspectivas de pesquisas. Revista de Administração Contemporânea. Curitiba, v. 12, n. 2, p. 339-368, 2008.

PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SALMON, P; STANTON, N; WALKER, G; GREEN, D. Situation awareness measurement: a review of applicability for C4i environments. Uxbridge: Brunel University, 2005.

U.S. DEPARTMENT OF COMMERCE. Federal Information Processing Standards Publication 183 (IDEF0). Springfield: National Institute of Standards and Technology 1993.

ZARIFIAN, P.A. Objetivo competência: por uma nova lógica. São Paulo: Atlas, 2001.

Downloads

Publicado

2009-12-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

O Combate Aéreo Moderno e sua Influência na Formação do Controlador de Defesa Aérea. Revista da UNIFA, Rio de Janeiro, v. 22, n. 25, 2009. DOI: 10.22480/revunifa.2009.22.830. Disponível em: https://revistadaunifa.fab.mil.br/index.php/reunifa/article/view/830.. Acesso em: 24 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

141-150 de 461

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.