A compatibilidade entre o conceito de uniforme de combate da Força Aérea Brasileira e os ambientes operacionais prospectados pela Estratégia Nacional de Defesa

Autores

  • Fernanda Maria Andrade Bittencourt Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Aeronáutica, EAOAR, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.22480/revunifa.2011.23.639

Palavras-chave:

Uniforme de combate, Design, Estratégia nacional de defesa, Ambiente operacional

Resumo

Esta pesquisa objetivou analisar qualitativamente a compatibilidade entre o conceito do uniforme de combate em uso, atualmente, na Força Aérea Brasileira (FAB) e os ambientes de atuação da Força prospectados pela Estratégia Nacional de Defesa. Foi utilizado o método pragmatista, fundamentado na teoria semiótica peirceana e nas bases conceituais do design, para inferir o conceito intrínseco ao 10º uniforme do Regulamento de Uniformes para os Militares da Aeronáutica. Dessa análise, inferiu-se que esse uniforme foi concebido como um uniforme de combate de média tecnologia, destinado a militares da FAB, parcialmente adequado ao emprego em campanha, diurna ou noturna, em selva e em floresta tropical úmida. Identificou-se, contudo, que as possíveis áreas de operação da Força são ocupadas pelos mais diferentes biomas existentes no Brasil e no mundo, com o agravante de que, no ambiente operacional prioritário Amazônia, ocorre similar diversidade, com a coexistência de savana, campos e floresta equatorial no mesmo bioma. Logo, apoiada na lógica semiótico-pragmática, esta pesquisa concluiu que o conceito de uniforme de combate em uso, atualmente, na Força Aérea Brasileira pode ser considerado apenas parcialmente compatível com as áreas de operação da Força prospectadas pela Estratégia Nacional de Defesa em que estão presentes os biomas Amazônia, Mata Atlântica e demais florestas tropicais úmidas ou equatoriais e incompatível com todas as outras.

Referências

ANTTONEN, H. Development of military clothing as a target of research. In: NATO RESEARCH AND TECHNOLOGY ORGANISATION HUMAN

FACTORS AND MEDICINE PANEL - SOLDIERS IN COLD ENVIRONMENTS, 168., 2009, Helsinki. Proceedings... Helsinki: NATO-RTO, 2009.

Disponível em: <ftp://ftp.rta.nato.int/PubFullText/RTO/MP/RTO-MP-HFM-168/$MP-HFM-168-KN4.doc>. Acesso em: 15 ago. 2010.

ARMY-TECHNOLOGY.COM (Ed.). FELIN (Fantassin à Équipements et Liaisons Intégrés): future infantry soldier system, France. Disponível em: <http://www.army-technology.com/projects/felin/>. Acesso em: 18 ago. 2010.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. RCA 35-2: regulamento de uniformes para os militares da Aeronáutica. [Brasília, DF], 2005.

BRASIL. IBGE. Mapa de biomas e de vegetação. [S.l.: s.n], 2004. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 20 set. 2010.

BRASIL. Ministério da Defesa. Estratégia nacional de defesa. Brasília, DF, 2008. Disponível em: <http://www.defesa.gov.br>. Acesso em: 15 ago. 2010.

CERRI, C. Requisitos de desenvolvimento do 10º. uniforme. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por: . em: 21 set. 2010.

ECO, U.Tratado geral de semiótica. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1991.

ECO, U. et al. Psicologia do vestir. Lisboa: Assírio e Alvim, 1989.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Ernest E. McConnell. National Research Council (U.S.). Committee on Toxicology. Subcommittee to Review Permethrin Toxicity from Military Uniforms. Board on Environmental Studies and Toxicology. Health effects of permethrin-impregnated army battle-dress uniforms. Washington, D.C.. National Academy Press, 1994. Disponível em:<http://books.google.com.br>. Acesso em: 22 set. 2010.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Government Accountability Office. GAO-10-669R de 28 de maio de 2010. Warfighter Support: Observations on DOD’s Ground Combat Uniforms. Disponível em: <http://www.gao.gov>. Acesso em: 22 set. 2010.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. Kurt D. Wilson. Defense Logistics Agency. Defense Supply Center Philadelphia Clothing & Textiles. Clothings and Textiles. Filadélfia, 2009. Disponível em: . Acesso em: 15 ago. 2010.

FEDERATION OF AMERICAN SCIENTISTS (Estados Unidos da América). Military Analysis Network. BDU: battle dress uniforms. Disponível em: < http://www.fas.org/man/dod-101/sys/land/bdu.htm>. Acesso em: 02 out. 2010.

GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa: 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

GOMES FILHO, J. Design do objeto. São Paulo: Escrituras, 2006.

HOUAISS, A.; VILLAR, M. S. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

INSTYTUTU BIOPOLIMERÓW I W ÓKIEN CHEMICZNYCH (Polônia). Fibre and Textiles in Eastern Europe. Disponível em: <http://fibtex.lodz.pl/en>. Acesso em: 18 ago. 2010.

JAVAID, A. World market and production of textile used in military. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/22667423/World-Market-and-production-ofTextile-used-in-Military>. Acesso em: 28 ago. 2010.

LÖBACH, B. Design industrial: bases para a configuração dos produtos industriais. Rio de Janeiro: Edgard Blucher, 2001.

NACIF, M. C. V. O vestuário como princípio de leitura do mundo. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007.

MAHMOOD GROUP (Paquistão) (Ed.). The functions of clothing. Disponível em: <http://www.mahmoodgroup. com/functionofclothing/index.html>. Acesso em: 15 ago. 2010.

PEIRCE, C. S. Semiótica. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1995.

ROMANINI, V. Design como comunicação: uma abordagem semiótica. In: SEMINÁRIO DO CURSO DE DESIGN DA FAU-USP - DESIGN: QUO VADIS?, 1., 2008, São Paulo. Seminário. São Paulo: USP, 2008. p. 1 - 5. Disponível em: . Acesso em: 02 out. 2010.

SATAM, D. S. Global competitiveness of U.S. military textiles industry. North Carolina State University: 2007. SDAB-AB4. Proposta de atualização do RUMAER para o ano de 2010. [mensagem pessoal]. Mensagem recebida por . em 21 set. 2010.

SILVA, M. F. da. Asa de corvo: uma abordagem semiótica para principiantes. Revista do Gelne: grupo de estudos lingüísticos do nordeste, Fortaleza, v. 4, n. 2, p.10-20, 2002. Semestral.

SOEDERBERG, A.; WEDELL-WEDELLSBORG, M. Challenges to uniformity: managing the changing dentities of multinational military units. Artigo. Royal Danish Defense College, 2005. Disponível em: . Acesso em: 15 ago. 2010.

WILSON, A. Trends in technical textiles: global technical textile leaders converge to discuss the industry’s future and some recent innovations. Specialty Fabrics Review, Saint Paul, Projects; Latest projects; fev. 2010. Disponível em: <http://specialtyfabricsreview.com/articles/0210_wv_technical.html>. Acesso em: 11 ago. 2010.

WWF INTERNATIONAL. Habitats: simplified explanations. Disponível em:< http://wwf.panda.org/ about_our_earth/ecoregions/about/habitat_types/habitats/>. Acesso em: 20 out. 2010.

Downloads

Publicado

2011-06-01

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

A compatibilidade entre o conceito de uniforme de combate da Força Aérea Brasileira e os ambientes operacionais prospectados pela Estratégia Nacional de Defesa. Revista da UNIFA, Rio de Janeiro, v. 23, n. 28, 2011. DOI: 10.22480/revunifa.2011.23.639. Disponível em: https://revistadaunifa.fab.mil.br/index.php/reunifa/article/view/639.. Acesso em: 24 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

191-200 de 443

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.