Poder Aeroespacial Brasileiro:
dissuasão como sentimento de segurança, coerção como medida eficaz à Defesa Nacional
DOI:
https://doi.org/10.22480/revunifa.2009.22.836Palavras-chave:
Segurança nacional, Defesa nacional, Coerção, DissuasãoResumo
O estudo visa a averiguar como o Poder Aeroespacial Brasileiro pode importar à Defesa Nacional, pelo uso da coerção militar, e à Segurança Nacional, por meio da dissuasão. O artigo aborda o emprego eficaz do poder aéreo como ferramenta político-estratégica. Perfaz-se por uma pesquisa exploratória e documental, que se delimitou a examinar as ideias de Robert Pape e as concepções de John Warden III, sob a lógica de estratégias dissuasórias e coercitivas, a vigente Política de Defesa Nacional e a Estratégia Nacional de Defesa. Busca inferir as inerentes consequências doutrinário-conceituais, advindas dessa Estratégia Nacional, à Doutrina Militar de Defesa e, no âmbito da Aeronáutica, à Doutrina Básica da Força Aérea. Os resultados referem-se às implicações da Estratégia Nacional de Defesa para a sociedade brasileira e ao Planejamento Estratégico de mais alto nível do Estado, impondo ao Brasil estar preparado para defender-se, na atual moldura mundial, de agressões e de ameaças. Conclui-se que a Força Aérea Brasileira pode contribuir, por meio de instrumentos dissuasórios e por intermédio do emprego da coerção militar, como forma eficaz à prevenção de conflitos armados e de guerras convencionais e à resolução de crises internacionais político-estratégicas.
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